Eu fiquei um bom tempo com preconceito de ler esse livro por achar que se tratava de "A Travessia" de William P. Young, mesmo autor de "A Cabana", pois apesar de eu ter gostado bastante de A Cabana não me animei por um novo livro do autor sobre um assunto tão parecido, sem querer julgar, mas julgando, me pareceu muito aquela coisa de simplesmente aproveitar o sucesso de um para lançar o outro... Enfim, fiquei sabendo que era um livro sobre vampiros e mais do que isso, sobre vampiros realmente maus.
Depois de tantos elogios, me rendi, e OMG o que é aquilo? Esse autor é um gênio, mas ele é do tipo que não hesita antes de matar um personagem, então pense bem antes de se afeiçoar por alguém. É um livro longo, não dá pra ler em um dia. Mas não é simplesmente por isso, achei ele um pouco pesado também, não no sentido de ter cenas fortes, não sei, é como se ele de alguma forma me cansasse, sugasse minhas energias. Porque apesar de ser tudo um ficção, meio surreal até, ao mesmo tempo é algo um tanto quanto fácil de imaginar, não digo exatamente sobre os vampiros, mas sobre as atitudes dos personagens, elas são muito humanas e nós faz pensar em até onde alguém pode ir em meio ao caos.
Ele é completamente diferente de qualquer livro de vampiro, é uma mistura de distopia com fantasia. Eu costumo dizer, que os vampiros de Justin, não são vampiros e sim zumbis. Afinal estão mortos, são sujos, feios, não tem aquela graça e requinte que estamos acostumados a ver em livros em que os vampiros são criaturas antigas e cheias de classe. Não há como se apaixonar por um dos vampiros de Justin. Acredito que a única coisa que os faça ser vampiros é a sua inteligência, uma vez que zumbis não tem muito disso...
Tudo começa com Amy, a garota de lugar nenhum, ela tem apenas seis anos quando é levada pelo FBI para ser parte da Projeto Noé, para a criação de super soldados, e é a única que consegue fazer o vírus funcionar corretamente. Mas antes disso, ele já havia falhado doze vezes, em criminosos sentenciados a morte. E, é claro que isso tinha que dar errado... Quando eles conseguem furar a segurança do Complexo do FBI, o vírus se espalha rapidamente pelos Estados Unidos, trazendo todo tipo de caos e destruição.
A segunda parte do livro, se passa 97 anos depois, me senti meio desnorteada e ao mesmo tempo admirada por tanto tempo ter se passado. Os livros não costumam ir tão longe assim. Essa parte acontece em um núcleo de resistência humano, é onde conhecemos mais alguns personagens importantes, como Peter e Alice. A história então se torna repleta de guerras, ação, medo e sangue.
O segundo livro já foi lançado, Os Doze, faltando apenas o último volume da Trilogia, A Cidade de Espelhos. O filme do primeiro livro está para ser lançado pela Paramount Pictures. Recomendadíssimo!
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