Cheiro de livro novo: Morte nas Nuvens

Título: Morte nas Nuvens
Autora: Agatha Christie
Páginas: 252
Editora: Nova Fronteira
Série: Hercule Poirot

Terceiro livro da Maratona Literária #EuTôDeFérias. Por enquanto estou conseguindo cumprir direitinho o prazo e estou me divertindo bastante.
Essa é mais uma das aventuras de Hercule Poirot, o famoso detetive criado por Agatha Christie. É o segundo livro dele que eu leio, o primeiro foi O Natal de Poirot há alguns anos atrás. Sei que as histórias dele têm algum tipo de cronologia, mas o bom desse tipo de livro de investigação é que segui-la, em geral, não é necessário para um bom entendimento da história. Gosto muito de séries que possuem uma ordem pré-definida, mas também acho legal quando podemos ler os livros em qualquer ordem, como nesse caso. Ainda mais que são muitos livros, então não há aquela necessidade desesperada de ler os próximos para saber como a história será concluída. ;)

Poirot está viajando de avião até Croydon, na Inglaterra. Ele se sente muito mal em viagens aéreas, então não presta muita atenção ao seu redor. Mas acaba acontecendo um morte bem debaixo de seus grandes bigodes, que o obriga a tentar raciocinar um pouco.
Uma senhora de negócios, Madame Giselle, um tanto solitária, de repente cai morta em seu assento. À primeira vista, parece que pode ter sido apenas um ataque do coração. Quando um comissário de bordo percebe que a mulher não está simplesmente dormindo, pede para um médico que está à bordo avaliá-la. O médico não pode confirmar a causa mortis, mas Poirot possui olhos muito atentos e encontra no chão, próximo à mulher, um tipo de agulha utilizada por indígenas para caçar com zarabatanas. A partir daí conclui que trata-se de um assassinato, e o assassino só pode ser uma das pessoas que estão naquela cabine, já que a mulher estava viva até pouco tempo atrás.

"A minha experiência demonstra que não existe ninguém, durante uma conversa, que cedo ou tarde deixe de revelar quem realmente é. Todo mundo tem uma vontade irresistível de falar sobre si mesmo."

Juntamente com policiais da Inglaterra e da França, que estão designados a solucionar o caso, Poirot se lança a investigar o curioso caso da agulha envenenada, e a estudar os motivos que levariam cada um dos suspeitos a desejarem (e realizarem) a morte da dama, assim como descobrir quais deles tiveram algum tipo de relacionamento com a mulher. Ele precisa acompanhar os suspeitos também, para avaliar quais deles de fato lucraram com a morte dela.

"— O crime — explicou Norman Gale - não diz respeito só à vítima e ao criminoso. Ele também afeta os inocentes. Você e eu somos inocentes, mas fomos atingidos pela sombra do crime. Não sabemos até que ponto essa sombra vai influenciar nossas vidas."

Assim, ele embarca numa investigação da sigilosa vida de negócios de Madame, e utiliza seu incrível raciocínio lógico e suas formas metódicas de lidar com os casos, para descobrir quem teria o maior motivo de matá-la: uma cabeleireira simples, um dentista de férias, dois arqueólogos (pai e filho) empolgados com novas descobertas, um escritor de romances policiais animado, uma jovem condessa viciada em cocaína, um médico sério, uma nobre de família tradicional, ou um misterioso homem de negócios? Além de ter que responder duas questões básicas: como o assassino conseguiu atirar um dardo de uma zarabatana no meio de um avião sem que ninguém notasse; e por que havia um marimbondo solto dentro do avião?

"Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe; lembre-se."

Eu só posso dizer que fiquei completamente chocada com o final desse livro! haha Eu sou péssima em descobrir assassinos, mas esse livro realmente me pegou de surpresa. E olha que eu até que não estava totalmente errada... Só acho que é meio impossível prever o que aconteceu de verdade e apenas Poirot, com sua incrível habilidade de dedução e avaliação (de pessoas e situações), seria capaz de concluir essa investigação. Adorei!



Maratona:
Primeiro livro - Os Contos de Beedle, o Bardo
Segundo livro - O lado bom da vida
logoblog

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