Título: Memórias de Um Amigo Imaginário.
Autor: Matthew Dicks.
Editora ID.
Páginas: 432.
Avaliação: 5/5
Autor: Matthew Dicks.
Editora ID.
Páginas: 432.
Avaliação: 5/5
Peguei esse livro para ler sem saber exatamente o que iria encontrar porque não tinha lido nem a sinopse, mas o título já diz muita coisa e é isso mesmo que ele conta, memórias de um amigo imaginário.
Budo é o amigo imaginário de Max, um menino de 9 anos e ele já existe há 5 anos, tempo demais para um amigo imaginário existir. Max é a única pessoa que consegue ver e falar com Budo, além de outros amigos imaginários. Mas Max não é um garoto normal, apesar de nenhum momento ser dito com essas palavras, logo percebi que Max é autista, porque ele não gosta de ser tocado e de interagir com outras pessoas, nem mesmo gosta de abraçar e beijar seus pais, detesta mudanças, por mais simples que elas sejam e é um menino muito inteligente.
"Monstros são sempre ruins, mas monstros que não andam nem falam como monstros são os piores."
O livro é narrado por Budo que apesar de amar Max, as vezes é um pouco egoísta e teme o momento em que deixará de existir, apesar de saber que isso significará que Max está crescendo, o que é uma coisa boa. Budo é mais maduro que Max e entende coisas que ele não entende, mas vive de acordo com os limites que Max imaginou para ele. Por ser tão ingênuo Max acaba sofrendo com a pena ou a maldade de algumas crianças de sua escola, o que só faz com que ele queira se manter ainda mais afastado delas. Eles precisam um do outro e Budo está sempre pronto para ajudar o seu amigo. É fácil gostar dos dois e torcer por eles, a história é simples e original, adorei.
"-Mas você tem que ser a pessoa mais corajosa do mundo para sair todos os dias sendo você mesmo, quando ninguém gosta de quem você é- explico eu.- Eu nunca conseguiria ser assim tão corajoso como Max."
A narração de Budo é um pouco repetitiva, mas isso não faz o livro se arrastar, apenas mostra que o narrador é um ser infantil. E as vezes eu me pegava pensando se Budo não era mesmo real, Matthew brinca muito com isso, o real e o imaginário, e, a linha que separa os dois algumas vezes fica quase invisível. O livro me conquistou e me deixou bastante curiosa, logo que identifiquei o autismo, fiquei pensando no que poderia acontecer e quando aconteceu, fiquei louca para saber como tudo iria se desenrolar. , #Recomendadíssimo
"Eles brigam porque são grandes. Adultos gostam de discutir."
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