Questões do Coração. Autora: Emily Giffin. Editora: Novo Conceito. Páginas: 440.
Apesar de já ter ouvido vários elogios desse livro, nunca me interessei muito por ele, acho que foi por causa da temática. Mas encarei a leitura esse mês e devorei o livro rapidinho.
Tessa é casada com Nick Russo, um renomado cirurgião plástico pediátrico e tem dois filhos, Frank e Ruby. O casamento deles anda meio balançado, Nick trabalha muito e Tess tem se sentido um tanto quanto frustrada depois que deixou seu emprego e passou a ser mãe e dona de casa em tempo integral.
Até que, um noite Nick é chamado na emergência porque um menino chamado Charlie sofre um acidente na casa de seu amiguinho e fica com queimaduras terríveis. Sua mãe, Valerie Anderson é mãe solteira, advogada e cria o filho com a ajuda do irmão gêmeo, Jason. Ela fica desolada quando descobre o que aconteceu com seu Charlie, sempre tão protegido por ela. Mas então, ela conhece Nick Russo e percebe que tudo ficará bem.
"[...] ela decidiu que só porque duas pessoas acreditavam em algo, mesmo que intensamente, isso não o tornava real."
Fiquei esperando o tempo todo que elas se encontrassem e se tornassem grandes amigas ou algo assim, mas não é bem isso que acontece, na verdade, elas só se encontram no final. O que liga as duas mulheres é Nick e você rapidamente deduz como isso vai acontecer, o que me deixou um pouco angustiada, não estava gostando do rumo que a história estava tomando, é um pouco revoltante... Eu queria ler e ao mesmo tempo não queria... O livro foge bastante do clichê e como todo bom drama tem um pouco de romance.
Ele é dividido em uma parte narrada em primeira pessoa pela Tessa e outra em terceira pessoa pela Valerie, isso me confundiu um pouco no inicio, não entendi porque a Emily inventou de misturar as "pessoas", mas depois acabei me acostumando. Ele trata diversos assuntos como "certo e errado", relacionamentos, amor, amizade, aparências e principalmente perdão. Assuntos que já pensei e até discuti com algumas pessoas, mas acho que não tem como generalizar relacionamentos, cada situação é diferente da outra e cada pessoa lida com essas situações de forma diferente. É como dizem, relacionamentos são como jardins, se não cuidarmos dele todos os dias, ele murcha e morre. Gostei do final do livro, realmente não sei se teria tomado a mesma decisão que Tessa, mas espero nunca precisar fazer essa escolha...
"A dor também tem um efeito desorientador, não oferece absolutamente nenhum plano de ação, deixando-me apenas uma opção: sofrer até que seja usurpada pela raiva outra vez."
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