Páginas: 301
Editora: Novas Páginas (Novo Conceito)
Próximo: De Repente, Ana
Avaliação: 4/5
Peguei esse livro emprestado com a Isabela, depois que ela me recomendou e disse que era muito legal. Quando li a sinopse, fiquei meio hesitante, porque totalmente parecia cópia da história de O Diário da Princesa (que, por sinal, eu já li os dez livros enquanto estava na escola). Uma garota que descobre ser filha de um rei de um país desconhecido no meio da Europa? Plágio! u.ú Mas a Isabela me garantiu que era muito diferente, então peguei para ler e tirar minhas próprias conclusões. E realmente a história é totalmente diferente, embora eu continue um pouco encucada com esse detalhe em comum entre os dois. Mas com o passar da leitura, isso se torna só um pequeno detalhe mesmo.
Ana Carina é apenas uma jovem comum: tem 20 anos, mora em Belo Horizonte com a mãe, cursa Direito na PUC, tem uma melhor amiga chamada Estela e um quase namorado chamado Artur, além de avós muito legais. É uma garota simpática, inteligente, extrovertida, sincera, animada, divertida e está bem satisfeita com sua vida, apesar de não conhecer o pai. Um belo dia, então, ela se depara com uma mensagem em seu facebook, em que um cara desconhecido, chamado Andrej Markov, diz ser seu pai. Totalmente surpresa, ela marca um encontro com ele e descobre toda a verdade por trás da história que sua mãe sempre contou sobre o sumiço do seu pai.
"De uma hora para outra, eu me vi diante do meu pai, e um pai que não era qualquer um, não. Simplesmente o rei de uma nação européia, um cara poderoso, influente e... perfeito."
Com tudo devidamente explicado, Andrej quer que Ana passe algum tempo com ele, para eles se conhecerem melhor e conviverem mais. A questão é que ele é o rei de um pequeno país europeu, a Krósvia, o que faz de Ana a única princesa do lugar, e ela não sabe se está preparada para deixar sua vida no Brasil para trás e viver no castelo com o pai. Decide passar seis meses lá, sem nenhum compromisso, e ver no que vai dar.
"Havia pouco mais de um mês, era uma garota normal que pensava que o auge de sua vida seria a viagem à Europa que pretendia fazer quando se formasse. Na televisão, nunca sonhara aparecer, a não ser por meio dos vídeos caseiros que fazia com sua câmera digital — e com aquelas fitas de VHS, quando era criança. Entrar num castelo de verdade? Só se ele fosse aberto à visitação pública. Bater papo com um rei? Talvez o Rei Momo no Carnaval do Rio de Janeiro. E nunca, jamais mesmo, essa garota fora chamada de princesa na vida, exceto pelo projeto de namorado chamado Artur. Mas isso não contava."
O único inconveniente nessa história toda é Alexander, o enteado de Andrej, que nem tenta disfarçar que não foi com a cara da Ana e acha que ela está tentando dar um golpe. Assim, Ana também não consegue se dar bem com ele, apesar de ele ser lindo, inteligente, cheiroso, maravilhoso e causar algum tipo de reação estranha nela, como fazer o coração bater mais rápido toda vez que ele aparece. Apesar do "ódio" que há entre eles, Alex decide que ele deve ser o acompanhante dela enquanto conhece Krósvia, então eles acabam se conhecendo melhor, o que a deixa muito confusa em relação ao que realmente está rolando entre os dois. Mas ela não pode se deixar envolver, porque além de Alex ser praticamente seu meio-irmão, ela em breve voltará ao Brasil, e Artur está lá esperando por ela...
"Toda história de princesa tem uma megera e ela normalmente é bonita e extremamente má. Como minha vida estava mais para um conto de fadas do que realidade, já era hora de minha bruxa aparecer, já que nem tudo pode ser um mar de rosas, infelizmente."
"Não sei por que, mas é incrível como brasileiro tem fama ruim. Vira e mexe alguém dá a entender que somos todos depravados, liberais e sem censura. (...) Mas, puxa! Nós nem fazemos topless com tanta frequência quanto as europeias, que são bem mais liberais do que nós em muitos aspectos. Dá tanta raiva!"
Mas em relação a linguagem, ainda sim teve algo que me incomodou. A questão foi: a Ana só pode se comunicar em inglês com as pessoas na Krósvia, porque ninguém lá fala português. Até aí tudo bem. Mas, para uma pessoa que nunca saiu do país, ela fala inglês bem demais! "Ah, quer dizer que uma pessoa não pode ser fluente em inglês sem precisar sair do Brasil?" Beleza, pode sim, mas, como eu vou explicar... A Ana fala inglês como se estivesse falando em português, usa palavras que eu mal uso em português, quanto mais em outra língua, nunca se enrola para entender nem para falar nadinha, até diz palavras que nem existem em português (como "vestidos repolhudos". Por favor, alguém sabe como é "repolhudo" em inglês? O.o) e sempre é bem compreendida. Então achei que essa comunicação entre os personagens acabou ficando meio irreal... Mas enfim, foi minha opinião.
Outra coisa que tenho que reclamar, mas sem estar reclamando, é: como assim ela descobre que é princesa e ainda fica na dúvida se quer aproveitar um pouco dessa vida ou não? hahaha Eu ia na hora, sem pensar duas vezes, e com certeza ia topar tudo que viesse pela frente, inclusive aqueles vestidos rodados enormes (ou repolhudos), que eu acho tão lindos. *-*
"— Sempre ouvi dizer que saudade é uma palavra exclusiva da língua portuguesa. Quando dizemos que estamos com saudade, significa que sentimos uma falta tão imensa de alguém que a dor queima no peito. É como se a alma ficasse meio perdida sem a proximidade das pessoas de quem temos saudade."
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Resenha da Isabela aqui.
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