Título: Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor.
Autora: Sarah Butler.
Editora: Novo Conceito.
Páginas: 256.
Avaliação: 2/5
Recebemos esse livro como cortesia da Novo Conceito por termos postado uma primeira impressão sobre a amostra de 28 páginas e fiquei bem animada para ter a oportunidade de lê-lo por completo porque a história tinha tudo para ser muito boa. Mas confesso que fiquei um pouco frustrada com o livro.
Alice é uma mulher confusa, ela nunca se sentiu em casa no lugar onde cresceu, em Londres, e resolveu largar tudo - as duas irmãs, o emprego, o namorado e o pai- para viajar e, quem sabe, encontrar um lar, em algum lugar. Ela está na Mongólia quando recebe a notícia de que seu pai está com câncer e ela deve voltar para se despedir antes que seja tarde demais.
Daniel é um mendigo, ele teve um relacionamento há uns trinta anos atrás com uma linda mulher casada e ela teve uma menina, que ele nunca conheceu e está procurando. Ele não tem muita ideia de como encontrá-lá, apenas acredita que ela deve ser parecer com a mãe. Mas, quando o pai de Alice morre, um homem rico e conhecido, ele acaba ficando sabendo do local do velório em um jornal e tem a chance de finalmente conhecer a filha. Mas o que dirá para ela? Como irá se apresentar? Será que ela dará atenção a um homem sujo e maltrapilho como ele? E o pai que ela acabou de perder?
"Uma vez que tenha me apaixonado é quase impossível me desapaixonar; aprendi isso sobre mim mesmo. Não é algo que torne a vida mais fácil."
Sarah Butler acaba trazendo algumas reflexões interessantes, é curioso como ela faz com que nos afeiçoemos a um sem teto, um personagem que vive a margem da sociedades e não costuma receber nossa afeição no mundo real. Ela faz com que nos perguntemos sobre a história dele e como ele foi parar naquela condição. E, pensar que cada pessoa que vive nessa condição também tem uma história para contar. Outra reflexão que ele traz é sobre família, algo tão simples e tão importante. São um monte de pessoas imperfeitas que a gente ama, mas dificilmente consegue dizer isso para eles e como é difícil lidar com eles.
"Há pessoas na minha situação que ficam no mesmo lugar, que desenham uma linha invisível ao redor de si mesmas e não a ultrapassam, mas não sei onde você está, por isso continuo me movendo."
O livro é narrado pelos dois personagens, alternando os capítulos, que sempre começam com uma lista de dez coisas. E, curiosamente, tem poucos diálogos. A escrita da autora é um pouco poética, ela deu bastante atenção aos pensamentos dos personagens e às descrições dos ambientes. O que foi bastaaante cansativo e deixou a leitura lenta. A história custou a caminhar, a autora ia jogando informações sobre o passado dos personagens, mas as vezes ficava um pouco confuso, porque mesmo poucas informações eram contadas de forma fragmentada. Acho que ela podia ter escrito o livro em muita menos páginas e passado a mensagem que ela queria sem ter cansado o leitor.
"Se você ficar imóvel num lugar tempo o bastante, ele se mostrará para você. Leva tempo, mas você encontrará estampas e, depois que as encontra, pode começar a sentir em casa - diz ele."
Mas acho que o que mais me frustrou foi o fato do livro não ter fim. Não gosto de livros que te deixam sem saber o que aconteceu de fato, prefiro quando o autor deixa tudo elucidado e eu não fico pensando em mil maneiras do livro poder terminar. Porém, eu até aceito esse tipo de desfecho quando a história é muito boa, do início ao fim. O que não foi exatamente o caso, então eu estava esperando um final muito bom, para compensar todos os pontos negativos do livro, sabe? Aquele final emocionante, que te faz chorar e suspirar. Mas, isso não aconteceu e fiquei assim, meio decepcionada...
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