Hoje iremos conhecer dois contos da antologia: Armadura de Ferro e A Parte Fria da Amizade.
A Parte fria da Amizade
' “Enfrente seus medos e vença-os”, era o que minha mãe dizia. […] Pode parecer pouco, mas aprendi bastante vendo minha mãe superar seus medos: aprendi que o melhor dos guerreiros sempre será aquele que é forte o suficiente para superar a si mesmo, todos os dias de sua vida, até que a morte chegue para ele.'
Esse foi o meu conto favorito da antologia. Vejo isso claramente pelo número de quotes que marquei. A Parte Fria da Amizade diferente do que o título possa sugerir não fala de uma amizade fria, mas de momentos que precisam de frieza. Momentos em que a sua dor se torna a dor de outro e aquele amigo deixa tudo mais leve, simplesmente por estar lá. É como se a dor que você estivesse sentido ficasse menor, porque, de alguma forma ela foi dividida entre os dois. E, não dá pra isso acontecer se não existir uma amizade verdadeira.
"[…] quanto mais você sabe que as pessoas a sua volta se importam com você, principalmente aquelas com quem você também se importa, mais rápido conseguimos enfrentar a situação, como se tivesse um exército lutando junto com você."
O protagonista do conto, um jovem de dezesseis anos, perdeu a sua mãe em um acidente de transito. Mas, por mais difícil que isso possa ter sido, ele tem encontrado conforto e está passando por essa provação. Pois, Diego está sendo esse amigo para ele.
"Quer dizer, depois de dez ou onze horas enfeitando o nosso céu com sua luminosidade desde que acordamos, observando tudo pelo que passamos, a hora de ouro pode significar algo além da passagem do dia para a noite. Significa que até mesmo o sol, o grande rei do sistema solar, o maior dos astros luminosos, precisa de um momento de paz, nem que seja do outro lado do planeta. ."
Armadura de Ferro
Armadura de ferro conta a experiência de um rapaz de 17 anos que perdeu seu melhor amigo no dia de natal. Estavam todos sentados a mesa comendo o peru quando Alex teve um ataque pulmonar. E, por mais que todos os socorros estivessem sido realizados, foi tarde demais para Alex. Ele era um ótimo amigo, uma rapaz esforçado e jovem demais para morrer.
"Armaduras de ferro foram feitas para serem quebradas, mas no caso de Alex, sinto que a sua não foi quebrada, e sim movida de lugar. De preferência, espero que para o paraíso."
Parece até uma ironia da vida, um dia tão jubiloso como o natal de repente se tornar triste e sombrio. Mas, a verdade é que a morte não segue nossos padrões e exigências. As vezes ela chega assim, inesperadamente, deixando os vivos com a dura tarefa de seguir em frente sem aquele ente querido. Esse conto fala sobre o luto de perder um amigo e sobre como a morte pode nos pegar de surpresa estando nós preparados ou não.
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