Autora: Alana Gabriela
Ano: 2015
Páginas: 376
Editora: Amazon
Série: Efeito Dominó
Avaliação:4/5
É quando, ela e o amigo são abordados por um desconhecido, que após deixar Lucas ferido, leva Cora refém. Porém, inesperadamente, ele lhe diz possuir todas as respostas para as suas perguntas. Mas, para que ela as obtenha, precisará entrar em uma espécie de jogo, em que ele lhe dará as pistas e lhe guiará ate que ela chegue às suas conclusões. Porém, ao se deparar com tal proposta, mais perguntas surgem em sua mente. Afinal, quem seria esse homem? Ela não deveria denunciá-lo por ter machucado o seu amigo? Mas, se fizer isso, perderá a única chance de descobrir o que aconteceu com a sua mãe. O quão perigoso esse jogo poderá ser? Será que vale a pena arriscar? Movida por um sentimento de curiosidade sem precedentes, Cora decide embarcar nesse jogo. Mas ela definitivamente não estava preparada para as revelações que iriam surgir ou para conhecer seu sequestrador, um homem que por si só já é um enigma um tanto complexo.
Editora: Amazon
Série: Efeito Dominó
Avaliação:4/5
Efeito Dominó é um livro de investigação da nossa parceira Alana Gabriela. Já li dois outros livros da Alana, cada um com uma temática diferente e estava animada com a possibilidade de pegar um mistério, que é um gênero que eu gosto muito. Ainda mais sabendo que a autora tem o hábito de construir personagens complexos. Pois, se o ponto comum em seus livros não é o gênero, podemos dizer que são seus personagens. Além disso, Efeito Dominó passou recentemente por uma reestruturação completa e eu ficava me perguntando se teria impressões muito diferentes da Pri, que leu o livro antes. Não que algo assim não pudesse acontecer naturalmente com um livro que ambas lêssemos, mas nesse caso em especial, temos mais essa questão para levar em consideração.
Cora é uma adolescente que tinha uma vida um tanto confortável, tinha seu grupinho de amigas da escola, pais presentes e um melhor amigo que poderia muito bem se tornar algo mais. Porém, desde que perdeu a sua mãe, ela se tornou uma pessoa reclusa e encontrava apenas o amigo Lucas, que tinha o costume de lhe visitar. Seis meses depois do acontecimento, seu pai decide que está na hora da menina voltar para a escola e começar a seguir em frente. Mas, tudo parece tremendamente desinteressante para Cora, a sua vida perdeu a cor no dia em que Helena foi assassinada, ainda mais sabendo que o criminoso continua impune. Seria possível um crime perfeito, sem suspeitos ou pistas para seguir? Teria a sua mãe sido realmente vítima de uma bala perdida?
"Eu queria que fosse fácil. Mas as palavras são duras e a profundidade do significado delas pode apunhalar as costas de quem não está olhando por sobre o ombro. Superar um desastre é a parte difícil. O mundo gira e de alguma forma continuamos impregnados no passado, dependentes dele como órfãos."
É quando, ela e o amigo são abordados por um desconhecido, que após deixar Lucas ferido, leva Cora refém. Porém, inesperadamente, ele lhe diz possuir todas as respostas para as suas perguntas. Mas, para que ela as obtenha, precisará entrar em uma espécie de jogo, em que ele lhe dará as pistas e lhe guiará ate que ela chegue às suas conclusões. Porém, ao se deparar com tal proposta, mais perguntas surgem em sua mente. Afinal, quem seria esse homem? Ela não deveria denunciá-lo por ter machucado o seu amigo? Mas, se fizer isso, perderá a única chance de descobrir o que aconteceu com a sua mãe. O quão perigoso esse jogo poderá ser? Será que vale a pena arriscar? Movida por um sentimento de curiosidade sem precedentes, Cora decide embarcar nesse jogo. Mas ela definitivamente não estava preparada para as revelações que iriam surgir ou para conhecer seu sequestrador, um homem que por si só já é um enigma um tanto complexo.
"— Há muitos segredos, Cora, o mundo é cheio deles. É uma cama de gato, um emaranhado sem fim e complicado, é assim que os poderosos se sustentam, com os segredos. – ele suspirou, sentindo-se estranho."
A Cora não é a pessoa mais simpática e extrovertida que você poderia conhecer. Ela é indecisa, insegura, um pouco egoísta, uma pessoa comum. Não foi tão difícil entender as suas atitudes (tirando a sua última decisão no final, aquilo foi burrice). O Lucas é fofo, um amigo leal, ele se sente traído por Cora quando percebe a sua recusa em lhe contar a respeito do seu sequestrador, mas pra ele, não é fácil manter qualquer sentimento por Cora que não seja amor, está lá estampado na sua cara e nas suas atitudes, apenas a lerda da Cora que não percebe. Sobre o Afonso, pai de Cora, eu não sei exatamente o que senti, ele é um homem ambíguo, dividido pelo amor que sente pela sua família e pelos seus erros e segredos do passado. Ele deseja coisas que não pode ter e fica cada vez mais enrolado com as consequências de suas atitudes. Já Suzzane, vizinha e namorada de Afonso, sabe exatamente o que quer, uma mulher sem escrúpulos, que faz o que for preciso para alcançar seus objetivos, é uma pessoa muito irritante por sinal.
"As mentiras são as únicas coisas plausíveis a serem ditas, são as únicas verdades aqui, não há pudor quanto a isso, sobretudo quando a cada dia está se enterrando no segredo sujo e sombrio, jurando fidelidade ao mal incontestável que será causado. Um segredo às vezes vai até o túmulo."
O livro é narrado em terceira pessoa, foi muito bem construído e terminou em um momento um tanto quanto tenso e não consigo prever os próximos passos dos personagens. É um mistério com ritmo acelerado para quem curte boas cenas de ação com um pouquinho (bem pouquinho) de romance. Em determinado momento já não sabemos mais quem são os mocinhos e os vilões ou em quem podemos confiar. Cora acaba por topar com segredos perigosos e percebe que está metida em algo que é muito maior do que ela e já não é possível vislumbrar uma saída para a situação em que se meteu. Por fim, só me resta perturbar bastante a Alana para concluir a história, porque ela já falou que está com algumas ideias para terminar de ligar todas as pontas deixadas no primeiro volume da duologia, de forma a nos fornecer todas as respostas.
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