Título: Convergente
Autora: Veronica Roth
Páginas: 519
Editora: Rocco
Série: Divergente #3
Anterior: Insurgente
Avaliação: 4/5
Boa taaaaarde, leitores queridos! Sei que andei bem sumida, mas precisei dar um tempo do blog para me dedicar aos estudos. Senti saudades e agora estou voltando com tudo! haha
Finalmente li Convergente e concluí a trilogia. Estava ansiosa para ler, mas acabei recebendo um baita spoiler — quem já leu com certeza sabe do que estou falando — e dei uma desanimada de pegar o livro. Infelizmente, não consegui esquecer de jeito nenhum, mas decidi que era hora de acabar de uma vez com essa série.
Finalmente li Convergente e concluí a trilogia. Estava ansiosa para ler, mas acabei recebendo um baita spoiler — quem já leu com certeza sabe do que estou falando — e dei uma desanimada de pegar o livro. Infelizmente, não consegui esquecer de jeito nenhum, mas decidi que era hora de acabar de uma vez com essa série.
"E eu sei, sem que ninguém precise me dizer, que é isso que o amor faz quando é certo. Ele torna você algo maior do que é, maior do que acreditava ser capaz de ser."
O vídeo de Edith Prior foi a público e a sociedade dividida em facções entrou em colapso. Com o caos instaurado, Evelyn e os sem-facção assumem o poder e começam uma espécie de ditadura. Todos devem obedecê-los, caso contrário serão punidos. Evelyn quer uma sociedade sem facções, onde todos aprendem a fazer de tudo e fazem o que for necessário para que a cidade funcione. Mas ela também deseja que ninguém siga a ideia do vídeo e vá para fora da cerca, fazendo uso de sua autoridade e poder recém-adquiridos para manter a todos sob controle.
"Evelyn tentou controlar pessoas usando armas, mas Jeanine foi ainda mais ambiciosa. Ela sabia que, quando alguém controla as informações ou as manipula, não precisa de força para manter as pessoas sob seu jugo. Elas obedecerão por vontade própria."
Obviamente, essa situação acaba despertando a formação de um grupo rebelde, que se auto-denomina Leais. Eles são fiéis aos ideais das facções e desejam obedecer ao plano dos criadores da cidade. Então começam a reunir pessoas e bolar estratégias para conseguirem atravessar a barreira. Como Divergente, tudo que Tris mais quer é conseguir ir para o outro lado e descobrir qual é o seu papel no mundo externo.
"Ou talvez o perdão seja apenas o afastamento contínuo de lembranças amargas até que o tempo diminua a dor e a raiva, e o mal seja esquecido."
Um seleto grupo de pessoas é escolhido para colocar o plano em prática, incluindo Tris e Quatro. Ao conseguirem ir além da cerca, porém, descobrem que o mundo é muito mais do que o que foi revelado e muito maior do que jamais poderiam imaginar. Eles são levados até o Departamento, um enorme centro de pesquisas, e lá descobrem toda a verdade sobre a criação de Chicago, do sistema de facções, o real objetivo de tudo isso, e muito mais coisas. Coisas impensáveis, que talvez fosse melhor que não soubessem. Eles são jogados em um mundo cheio de intrigas políticas, experimentos assustadores, manipulações e idealismos em prol de um bem maior, que, na realidade, nem faz sentido — pelo menos, não para Tris.
"— Ser honesto não significa falar o que quer na hora que quer. Só significa que o que você escolhe falar será verdade."
Mas não só de fatos ruins é feito o mundo exterior. Eles também descobrem um novo mundo, livre e cheio de possibilidades. Sem o aprisionamento das facções e brigas internas, longe do passado que gostariam de esquecer. Será que essa é a oportunidade perfeita para que Tris e Tobias possam finalmente ter um relacionamento feliz e começar a planejar um futuro?
"Olho pela janela outra vez, inalando lenta e profundamente o ar para dentro do meu corpo, que está tenso demais para se mexer. E, ao olhar para a terra abaixo, penso que isso é no mínimo a maior evidência da existência do Deus dos meus pais, o fato de nosso mundo ser tão gigantesco que está completamente fora de controle, de que não podemos, de maneira alguma, ser tão grandes quanto nos sentimos."
Convergente foi um livro que conseguiu me surpreender bastante, mesmo que eu tenha ficado o tempo inteiro esperando pelo momento que eu já sabia que aconteceria. Me surpreendeu o mundo que a autora criou e todas as explicações que ela deu. Eu estava esperando pelas respostas todo esse tempo, desde o primeiro livro, mas nem de longe consegui imaginar o que estava acontecendo. Porém, eu esperava que esse livro fosse me prender mais. Tinham tantas novidades para serem reveladas, mas eu acho que a Veronica não soube desenvolver bem a história. Em mais da metade do livro, eu só o estava achando meio parado, meio chato, não consegui ficar animada como deveria. Só o final que me prendeu, e aí acabou.
Acho que o que mais me irritou foram os personagens. A Tris até melhorou do outro livro para esse, estava mais sensata e consegui entendê-la bem, exceto no final. O personagem que mais me incomodou foi Tobias. Esse nem de longe era quem eu conhecia. Não sei se foi o fato de poder acompanhar seu ponto de vista, saber tudo que se passava na sua cabeça, seus receios, suas lembranças, seus sentimentos; mas ele de repente tornou-se inseguro, frágil, instável e imprudente de uma forma que nunca me pareceu ser. Suas atitudes me irritaram muitas vezes, principalmente em relação à Tris. Outras personagens, como Christina e Cara, me conquistaram mais. Conhecemos vários personagens novos também e o tempo inteiro me perguntava quem era confiável e quem não era.
"— Ela me ensinou tudo sobre verdadeiros sacrifícios — continuo. — Que devem ser feitos por amor (...). Que devem ser feitos por necessidade e apenas quando não existem opções. Que devem ser feitos para pessoas que precisam da nossa força, porque não dispõem de força o bastante."
O livro é narrado em primeira pessoa, pela primeira vez pelos pontos de vista da Tris e do Quatro. A diagramação segue o mesmo padrão dos livros anteriores, fontes simples com tamanho confortável, páginas amareladas, e a capa também tem o mesmo estilo.
Por fim, foi um livro que gostei de ler, mesmo com alguns poréns. O desenvolvimento foi bem lento, os personagens estavam estranhos, aconteceram muitas coisas de que eu não gostei (incluindo vocês sabem o quê). Mas eu gostei de como tudo ficou no final, gostei de ter as respostas tão aguardadas, só não gostei muito do que foi necessário para isso. Acredito que tinha como as coisas serem diferentes. Ainda assim, dá para tirar alguns ensinamentos dessa história, principalmente que a vida nunca é como a gente gostaria que fosse e que precisamos aproveitar todos os momentos, além de estarmos preparados para tudo que tivermos que enfrentar.
Por fim, foi um livro que gostei de ler, mesmo com alguns poréns. O desenvolvimento foi bem lento, os personagens estavam estranhos, aconteceram muitas coisas de que eu não gostei (incluindo vocês sabem o quê). Mas eu gostei de como tudo ficou no final, gostei de ter as respostas tão aguardadas, só não gostei muito do que foi necessário para isso. Acredito que tinha como as coisas serem diferentes. Ainda assim, dá para tirar alguns ensinamentos dessa história, principalmente que a vida nunca é como a gente gostaria que fosse e que precisamos aproveitar todos os momentos, além de estarmos preparados para tudo que tivermos que enfrentar.
Leia também:
Resenha de Divergente
Resenha de Insurgente
Resenha de Convergente da Isabela
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