Semana Especial 10% - Dia #6


E aí, pessoal?! Para fechar a semana de divulgação, temos as resenhas dos dois últimos contos da antologia: Antares e A Última Cinderela. Confiram!

Antares

Tales e Cristina são policiais em Antares, uma cidade pacífica e tecnológica, que flutua em meio às nuvens, desde que a superfície terrestre se tornou um ambiente inóspito. Inclusive esse é o destino daqueles que infringem as leis da cidade, eles são lançadas lentamente (de paraquedas) até o clima tóxico da superfície da Terra. Quando são chamado devido a um roubo, a dupla logo estranha o fato de receberam uma ocorrência numa área tão boa da cidade. Mas, ao chegarem lá, percebem que os acontecimentos foram ainda mais graves e estranhos do que eles poderiam ter imaginado e as pistas os levam até o subsolo da cidade flutuante, um lugar proibido, o que será que eles encontrarão por lá?!

— Antes de sair correndo ele começou a gritar: “as nuvens são falsas”, “vocês estão sendo enganados”– ele baixou os olhos, estava tentando se recordar exatamente o que tinha escutado. – E ele também disse que estava fugindo para a Igreja Azul porque era lá que ficava a porta para a verdade.

Esse é um conto que eu acredito que poderia ser desenvolvido de forma a compor um livro porque há muitas questões que poderiam ser melhor explicadas e trabalhadas, bem como poderia ser interessante continuar acompanhando as desventuras dessa dupla de policiais. A população de Antares vive bem, mas, ao mesmo tempo, vive alienada. Eles não fazem ideia do que aconteceu no seu passado e nem dos segredos obscuros que são guardados pelas autoridades da cidade. E, além desses mistérios, o conto possui uma boa dose de ação. 

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A Última Cinderela

Clara é uma jovem curiosa que nasceu em uma pequena vila. Mas, diferente dos demais habitantes, ela pode enxergar e não se sente muito inclinada a servir a bruxa que governa o vilarejo. Quando ela começa a questionar as pessoas sobre o aparecimento da bruxa, escuta tantas respostas diferentes que logo percebe haver algo errado, então decide confrontá-la. É quando ela descobre que foi a bruxa quem roubou os olhos dos cidadãos da pequena cidade e decide que irá detê-la, custe o que custar.

"— Eu não sou uma bruxa boa minha querida – disse ela com a voz abafada e tranquila, como se estivesse tentando domar Clara com as palavras, seduzi-la. – Nunca gostei desse lado das coisas, prefiro muito mais o lado ruim, é mais simples, não é preciso ficar se preocupando com outras pessoas. Posso simplesmente usá-las para o que eu quiser."

A Última Cinderela é um conto bem diferente dos demais e também poderia se encaixar facilmente em uma antologia de fantasia. Um conto que nos leva a refletir sobre o egoísmo e sobre como há pessoas que realmente acreditam no mal, como se fosse algo bom, ou, ao menos, algo que as beneficia e isso é tudo o que importa. Não há consciência pesada ou mesmo arrependimentos, mas a convicção de que estão fazendo o que é melhor para si, sem se importar com os outros. Infelizmente existem pessoas assim na vida real, pessoas capazes das mais terríveis atrocidades. Mas, em contra partida, também há pessoas boas, que se sensibilizam com a situação do outro e fazem de tudo para ajudar o seu próximo. Apenas não entendi muito bem o nome do conto, já que a historia não tem muita relação com o conto de fadas.

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Eu adorei conhecer mais um trabalho do Paulo Mateus, ainda mais por se tratar de um gênero que eu adoro, que são as distopias, e espero que vocês também tenham curtido! Não se esqueçam de deixar seus comentários nas resenhas. 😘

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