Série: No Limite #2
Autora: Katie McGarry
Páginas: 420
Idioma: português
Editora: Verus
Faz tempo que terminei ler No Limite da Atração, mas a série não é exatamente uma sequência. Então, apesar de ter curtido muito a leitura do primeiro livro, não fiquei loucamente ansiosa para continuar a série e fui lendo outros livros e deixando-a de lado, até agora. No primeiro livro, conhecemos a história de Noah e Echo. A Beth e o Isaiah eram personagens que apareciam ocasionalmente na história por serem amigos de Noah. Já em No Limite da Ousadia é a vez de conhecermos a Beth, uma personagem que não conseguiu me cativar muito no primeiro volume, mas que teve uma nova chance e agora podemos entender melhor os seus dramas e tudo pelo qual ela já passou.
"Viver é como estar acorrentada no fundo de uma poça rasa com os olhos abertos e sem ar. Vejo imagens distorcidas de felicidade e luz, até ouço risos abafados, mas tudo está fora do meu alcance enquanto fico deitada numa agonia sufocante. Se a morte é o oposto da vida, espero que seja como flutuar"
A mãe de Beth é alcoólatra e está envolvida com um homem perigoso. Beth mora no porão de sua tia junto com Noah e Isaiah, mas está sempre tentando ajudar a mãe, é Beth quem sempre a carrega bêbada para casa e paga as contas. Mas, numa dessas, ela acaba indo parar na cadeia, ao assumir a culpa da mãe depois dela destruir o carro do namorado com um taco de basebol. É quando aparece seu tio Scott, que ela não via há anos, e ele consegue a sua guarda legal. Por isso, ela está presa a ele e à sua esposa patricinha por um ano. Então, ele lhe impõe algumas regras: nada de ver a mãe ou os amigos de Louisville, nada de fumar ou beber e ela precisará se esforçar na nova escola, para tirar boas notas. Mas apesar de serem regras que só trariam bem à garota, elas transformam todo o seu mundo de cabeça para baixo e não será nada fácil cumpri-las.
"Uma lasca de esperança ultrapassa minhas barreiras, e eu fecho as portas todas com força. Emoções são uma coisa do mal. As pessoas que me fazem sentir algo são as piores. Eu me conforto com a pedra dentro de mim. Se eu não sinto, não me machuco."
No novo colégio, ela acaba topando com Ryan, um atleta que havia tentando pedir seu telefone no fim de semana e falhou miseravelmente. Acontece que Ryan é um grande admirador de Scott devido a sua trajetória no basebol e ele lhe promete que ajudará Beth nessa fase de adaptação. Mas, como vocês podem imaginar, logo rola uma química entre os dois e cabe a nos descobrir se eles estão dispostos a abrir seus corações para esse sentimento. Beth é uma garota forte e teimosa, ela já teve que lidar com muitas coisas em seus 17 anos de vida e isso lhe tornou um tanto desconfiada. Já Ryan, é um verdadeiro príncipe, educado, um astro no baseball, boas notas, filho de um vereador, tem a vida e a família perfeita. Ou é o que todos pensam, mas ele sabe que as coisas não são exatamente como parecem e como tudo parece estar tão perto de desmoronar dentro de sua casa desde que seu irmão foi embora. Felizmente, ele tem amigos maravilhosos, com quem ele pode contar em toda e qualquer situação, são o Chris, o Logan e a Lacey.
"Meu pai começa a falar mais alto do que ela, e as vozes altas dos dois fazem minha cabeça latejar. Depois de perder o apetite, afasto a cadeira da mesa. É doloroso ouvir o barulho da minha família se desmanchando. Não existe nenhum som pior na face da terra"
A escrita da Katie é maravilhosa e fiquei me perguntando porque levei tanto tempo para prosseguir com a leitura da saga. Os sentimentos de Beth são muito intensos e de vez em quando eu me via com os olhos cheios de água. O livro se enquadra na categoria jovem adulto (Young Adult), se passa em cenário escolar e aborda assuntos como problemas familiares, sonhos, amizades, drogas, violência doméstica, a escolha da carreira e pré conceitos. A Katie falou ainda da influência que os pais exercem no futuro dos filhos e como as vezes é preciso se libertar disso para vivermos nossos próprios sonhos (e não os deles). Ela tocou em diversos assuntos que dizem respeito a vida de um adolescente sem deixar nada forçado ou inacabado, mas o desenvolvimento do enredo foi bastante natural, como algo que fazia parte da vida dos seus protagonistas. Eu adorei a história, os personagens, o fato deles terem defeitos e a forma como eles foram amadurecendo diante dos problemas e da ajuda das pessoas que estavam ao seu redor. Não tenho nenhuma reclamação a fazer desta vez, recomendo o livro para aqueles que curtem um romance com uma pitada de drama, para desespero dos nossos corações.
"Sinto falta de rir. Na maioria dos dias, consigo encontrar alguma coisa divertida para fazer meus lábios se inclinarem para cima. Às vezes é engraçado o bastante para me fazer dar um risinho. Mas sinto falta de rir. Rir de verdade. Rir a ponto de sentir dor na barriga e no peito, de o meu rosto ficar exausto de manter o sorriso."
Resenha No Limite da Atração #1 Pri
Resenha No Limite da Atração #1 Bela
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