Título: Estilhaça-me
Autora: Tahereh Mafi
Páginas: 304
Editora: Novo Conceito
Série: Estilhaça-me #1
Próximo: Liberta-me
Avaliação: 5/5
Boa tarde, pessoal! Esse foi o meu escolhido para o desafio "um livro recomendado por um amigo" na nossa Maratona Literária de fevereiro. Tenho uma amiga que estava me enchendo o saco para ler há anos, porque, segundo ela, essa é a melhor série de todos os tempos. Eu prometi que leria um dia, até comprei o e-book, mas enrolei séculos, até que decidir aproveitar essa oportunidade.
Boa tarde, pessoal! Esse foi o meu escolhido para o desafio "um livro recomendado por um amigo" na nossa Maratona Literária de fevereiro. Tenho uma amiga que estava me enchendo o saco para ler há anos, porque, segundo ela, essa é a melhor série de todos os tempos. Eu prometi que leria um dia, até comprei o e-book, mas enrolei séculos, até que decidir aproveitar essa oportunidade.
Juliette é perigosa. Mas não é uma escolha dela ser assim. Desde que era um bebê, as pessoas evitam ao máximo tocá-la, principalmente seus pais. Tocar em sua pele causa muita dor e pode até ser fatal. Após um grave acontecimento, Juliette é entregue às autoridades e é aprisionada. Sem permissão para ter contato com qualquer pessoa, com o sol, com a chuva, com qualquer informação do mundo exterior. Ela está há tanto tempo isolada de tudo que acha que está enlouquecendo.
"— A vida é um lugar frio — sussurra ele. — Às vezes você tem que saber atirar primeiro."
Até que um dia, subitamente, seu isolamento é encerrado. Um homem é atirado em sua cela. Ela fica apavorada, mas não pelo que ele pode ser capaz de fazer com ela, mas sim pelo que ela faria caso ele resolvesse tocá-la, mesmo que acidentalmente. O que mais a assusta, porém, é que ela o conhece. Mas ele não parece lembrar-se dela, e ela nem tem certeza se quer que ele se lembre.
"Mas estar rodeada de tanto amor conseguiu derreter minhas partes congeladas e transformá-las em algo humano. Sinto-me humana. Como se talvez pudesse fazer parte deste mundo. Como se talvez eu não tivesse de ser um monstro. Talvez eu não seja um monstro.Talvez as coisas possam mudar."
Juliette tem um passado sombrio que preferiria esquecer. Apesar disso, ela é uma pessoa boa, que gostaria de poder fazer alguma coisa de útil no mundo decadente em que as pessoas estão sobrevivendo. Mas com sua bizarra condição, ela apenas torna piores as coisas por onde passa. Porém, sua chance de realizar esse desejo pode estar próxima, quando inesperadamente ela se vê sendo carregada para fora da cela, juntamente com seu companheiro, Adam, para a sede do Exército.
"Eles nos prometeram. O Restabelecimento nos prometeu esperança de um futuro melhor. Eles disseram que consertariam as coisas, eles disseram que nos ajudariam a voltar ao mundo que conhecíamos, o mundo com encontros no cinema e casamentos primaveris e banhos de bebê. Eles disseram que nos devolveriam nossa casa, nossa saúde, nosso futuro sustentável.Mas eles roubaram tudo."
O que o futuro aguarda para Juliette, ela não faz ideia, mas se não for executada nesse momento, alguma atividade será designada para essa jovem com talento único. E ela precisará decidir finalmente qual será seu papel no mundo: se irá se rebelar e colocará todos que a humilharam em seus devidos lugares, ou se continuará lutando para que essa Terra desolada torne-se um lugar melhor.
Juliette é uma personagem bem diferente do habitual. Ela é uma pessoa psicologicamente abalada por causa da sua condição, por tudo que já causou e pela forma como sempre foi tratada, tanto pelas crianças de sua idade quanto pela sua própria família. Ela tem apenas 17 anos, o que me surpreendeu, porque eu imaginava que ela fosse mais velha, não sei por quê. Apesar de ter sofrido tanto a vida inteira, ela é gentil e ingênua, só quer fazer o bem, e se considera um monstro por ser capaz de causar a morte. Dá uma raiva pensar em tudo que as outras pessoas causaram a ela e uma pena sentir toda a solidão e a loucura que se apossa dela. Já Adam é um homem misterioso. Demoramos para conhecer os pensamentos por trás dos seus atos, mas quando ele foi se revelando, fui me apaixonando cada vez mais. E o que falar de Warner? O vilão que tantos amam. Eu simplesmente o odiei, o achei um ser insuportável. Dizem que provavelmente mudarei minha opinião ao ler os próximos livros, mas sinceramente, eu raramente mudo minha primeira impressão dos personagens em uma série. Quando eu elejo um candidato ao coração da protagonista, eu permaneço com meu voto até o fim, e acho que minha escolha já está clara. Haha
"— Nunca quis que tivessem medo de mim.
— Deveria. — Ele para. Seus olhos estão me chamando de idiota. — Se eles não a temem, perseguirão você.
— As pessoas perseguem as coisas que elas temem o tempo todo.
— Ao menos agora eles sabem o que estão enfrentando."
Juliette é uma personagem bem diferente do habitual. Ela é uma pessoa psicologicamente abalada por causa da sua condição, por tudo que já causou e pela forma como sempre foi tratada, tanto pelas crianças de sua idade quanto pela sua própria família. Ela tem apenas 17 anos, o que me surpreendeu, porque eu imaginava que ela fosse mais velha, não sei por quê. Apesar de ter sofrido tanto a vida inteira, ela é gentil e ingênua, só quer fazer o bem, e se considera um monstro por ser capaz de causar a morte. Dá uma raiva pensar em tudo que as outras pessoas causaram a ela e uma pena sentir toda a solidão e a loucura que se apossa dela. Já Adam é um homem misterioso. Demoramos para conhecer os pensamentos por trás dos seus atos, mas quando ele foi se revelando, fui me apaixonando cada vez mais. E o que falar de Warner? O vilão que tantos amam. Eu simplesmente o odiei, o achei um ser insuportável. Dizem que provavelmente mudarei minha opinião ao ler os próximos livros, mas sinceramente, eu raramente mudo minha primeira impressão dos personagens em uma série. Quando eu elejo um candidato ao coração da protagonista, eu permaneço com meu voto até o fim, e acho que minha escolha já está clara. Haha
"— Não lute contra o que você nasceu para ser. — Ele pega meus ombros. — Pare de deixar todo mundo dizer o que é errado e certo. Reivindique! Você se encolhe quando poderia conquistar. Você tem muito mais poder do que tem ideia e, muito francamente, estou — ele sacode a cabeça — fascinado."
Achei o enredo desse livro muito interessante. É uma distopia totalmente diferente de todas que eu já li. A autora criou um mundo super legal, onde cada nova descoberta deixa o leitor mais curioso para as próximas. Eu fiquei bem empolgada para ler a sequência, já que nesse primeiro livro pouca coisa é revelada, mas é o suficiente para mudar nossa visão das coisas e querer saber mais.
A narrativa é em primeira pessoa, pelo ponto de vista da protagonista. Uma coisa que achei inusitada, na forma como o livro é escrito, é que a autora tentou passar toda a confusão, o desespero, a loucura da Juliette pelo jeito como ela se expressa. A narrativa lembra um diário e em muitas partes lemos diversas palavras ou frases repetidas, muitas vezes riscadas, como se ela fosse mudando de ideia ao longo do discurso, ou quisesse falar algo mas acabasse falando outro, ou quisesse afirmar algo para si mesma. Confesso que achei isso bem irritante no início, bem esquisito, mas depois fui me acostumando e me adaptei. Talvez eu tenha achado ainda mais esquisito por ter lido o e-book, mas no livro físico deve ser interessante visualmente.
Para quem ainda tem dúvidas quanto a ler ou não essa história, como eu tinha, recomendo a leitura. Achei a conclusão do livro bastante inesperada, sem dúvida fiquei intrigada para ler os próximos e espero continuar me surpreendendo positivamente. E você, já conhece essa série?
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