Autor: Francis Chan
Páginas: 176
Editora: Mundo Cristão
Avaliação: 4/5
Louco Amor foi uma indicação do clube do livro que participo. Eu estava bastante animada para realizar a leitura, porque pelo menos duas meninas do grupo já o haviam lido e elas eram só elogios sobre a obra.
A proposta do livro é falar sobre a vida cristã. Francis Chan discorre a respeito da vida prática. Quando começamos a frequentar uma igreja e a conhecer um pouco mais sobre a palavra de Deus, aprendemos uma série de princípios. Mas todo esse conhecimento precisa ser praticado, porque só assim poderemos conhecer melhor esse Deus, ser transformados por Ele e desejar conhecê-lo cada vez mais. Então, no início do livro, Francis fala sobre a grandeza de Deus, sobre como as vezes nos questionamos a respeito das coisas que Ele faz e que Ele permite que aconteçam e como frequentemente nos esquecemos do quanto Ele é poderoso, fiel e justo.
"Você é capaz de adorar um Deus que não é obrigado a dar explicações a respeito de seus atos? Será que não é arrogância de sua parte pensar que Deus lhe deve satisfações? Acredita mesmo que, em comparação com Deus, "todas as pessoas da terra são como nada", incluindo você?"
Depois, ele começa a traçar o perfil do cristão morno, que são pessoas que deixaram de praticar no seu dia-a-dia tudo o que aprenderam com Deus e aos poucos foram se afastando da presença dEle, deixando de orar e de investir tempo na sua vida espiritual. Ele ainda fala sobre como as vezes não estamos dispostos a nos doar por inteiro à Deus ou não confiamos verdadeiramente que Ele irá suprir as nossas necessidades. A vida cristã não deve ser um fardo e sim um privilégio prazeroso, é assim que você se sente ao separar um momento do seu dia para falar com Deus?
"Você não acha curioso o fato de a parte final de Atos 11:26 dizer: "Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos"? O que considero mais interessante é a simples ideia de que não foram os cristãos que inventaram este nome para si. Em vez disso, eles foram chamados (ou designados) "cristãos" por aquelas pessoas que observavam a vida que eles levavam. Fico pensando se a mesma coisa aconteceria hoje em dia. Será que alguém seria capaz de olhar para sua vida ou para a minha e nos chamar de "cristãos"?"
Por fim, Francis nos desafia a viver uma vida mais desapega aos nossos bens materiais ou a necessidade de tentar controlar cada aspecto da nossa vida, como se isso fosse possível. Ele nos desafia a viver a vida que Deus planejou para cada um de nós e cita diversos testemunhos de pessoas que estavam dispostas a viverem suas vidas de forma completamente devotada à Cristo, algumas delas se tornaram missionárias, outro preparava alimentos para moradores de rua, outro abriu um orfanato, outra começou um grupo de estudo bíblico na escola. Não há resposta certa sobre como devemos viver a nossa vida, isso é algo que cada um de nós deve buscar em Deus.
"A maneira de vivermos nossos dias [...] é a mesma maneira de vivermos nossa vida". Cada um de nós precisa descobrir, por si, como viver o dia de hoje em submissão fiel a Deus, à medida que pomos "em ação a [nossa! salvação [...] com temor e tremor" [...]
Enquanto pensa no assunto, toma suas decisões e identifica como Deus quer que você viva, sugiro que se pergunte o seguinte: "É essa a maneira mais amorosa de viver? Consigo amar meu próximo e meu Deus vivendo onde vivo, fazendo o que faço e falando como falo?". Incentivo você a pensar nisso e viver, de fato, como se cada pessoa com quem tem contato fosse Cristo.
Esse é um daqueles livros que cutuca a nossa ferida, mas o que refletimos no clube foi exatamente isso. Quantas vezes vamos precisar ter nossas feridas cutucadas para de fato, nos pormos de pé e começarmos a tratá-las? Quantos sermões precisaremos ouvir e quantos livros precisaremos ler para tomarmos uma atitude diante da mornidão da nossa vida espiritual? Deus quer que sejamos cheios dEle, quer que exalemos o seu bom perfume, mas precisamos fazer a nossa parte e buscá-lo. Não podemos deixar que a correria e as distrações da vida roubem nossa vida espiritual. É preciso resgatar o primeiro amor e começar a viver a vida que Deus tem reservado para cada um de nós.
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