Série: A Rebelde do Deserto #2
Autora: Alwyn Hamilton
Páginas: 440
Editora: Seguinte
Avaliação: 5/5
Essa é uma daquelas séries que dá vontade de ler toda de uma vez. Ao finalizar a leitura de A Rebelde do Deserto, a autora conseguiu me deixar bastante curiosa para ler A Traidora do Trono, e, este livro também não terminou de maneira muito diferente. Na verdade, foi ainda mais desesperador, porque ele terminou em um momento bastante delicado para os nossos protagonistas e deixou muitas expectativas para o terceiro e último livro da saga.
O começo do livro foi um pouco desorientador, porque ele não começa no mesmo momento em que o primeiro livro termina. Amani estava em uma missão e após cumpri-la e chegar ao refúgio levando algumas mulheres que estavam presas na cidade de Saramotai, ela se depara com os preparativos para o casamento de Navid e Imin. Mas essa é apenas uma das notícias que recebe. Para começar, Ahmed não está nada feliz por ela ter levado Dellila com ela na missão. Além disso, Jin retornou ao acampamento e as coisas entre eles não nada bem, uma vez que ele partiu para sua missão enquanto Amani estava inconsciente, se recuperando de um grave tiro na barriga. E, Sayyida foi resgatada por Hala, mas ela sofreu algum tipo de tortura do qual muito provavelmente não conseguirá se recuperar.
"Eu era uma garota do deserto. De onde eu vinha, o mar era feito de areia. E a areia me obedecia."
Então, Amani descobre que uma das mulheres que trouxe de Saramotai é ninguém menos do que sua tia, que fugiu para Izman antes dela nascer e sua mãe planejava encontrar. Entretanto, o acampamento é invadido pelo exército do sultão pouco depois das comemorações do casamento. Em meio a correria provocada pela fuga, ela se vê traida pelo seu próprio sangue, sua tia a entrega para o sultão em troca de um bocado de ouro. Ao ser capturada, Oman a transforma em seu detector de mentiras particular, além de usá-la para conjurar e aprisionar um djinni, o ser mais poderosos que Deus havia criado e pai dos demdji's. Ainda sem saber exatamente como o sultão planeja usar este ser primordial, Amani entende que precisa detê-lo e que da posição em que está pode passar muitas informações valiosas aos rebeldes.
Se A Rebelde do Deserto me deixou muito satisfeita, A Traidora do Trono conseguiu fazê-lo ainda melhor. São muitas as surpresas e reviravoltas com as quais Amani precisa lidar. Ela começa a refletir se Ahmed é o homem correto para se sentar no trono de Izman, uma vez que ele não parece ter a força necessária para fazer determinadas escolhas difíceis. Mas, a certeza de que o sultão está levando o reino por uma caminho muito mais cruel é o que mantém acesa a chama da revolução em seu interior, enquanto ela passa seus dias no harém.
“Jin uma vez me disse que o destino tem um senso de humor cruel. Eu estava começando a acreditar nele”.
Os personagens são muito bem desenvolvidos e, pela primeira vez, temos a oportunidade de conhecer o Sultão, um homem frio, muito inteligente e que acredita que está fazendo o melhor pela sua nação. Ele crê que os fins justificam os meios e as vezes é preciso tomar decisões difíceis para um bem maior. Já Amani se apresenta de forma mais madura, ela sempre foi uma garota forte e determinada, mas tudo pelo que já passou a está tornando ainda mais resistente e resiliente. Ela e Jin são um casal fofo demais, mas há muitas coisas não ditas entre eles e isso traz insegurança ao relacionamento. É claro que uma guerra não é o melhor momento para se firmar um compromisso, afinal, o até que a morte nos separe pode ser muito mais próximo do que se espera, mas, já que aconteceu, vamos fazer as coisas direito, não é mesmo? Temos ainda um novo personagem, o Sam, um rapaz engraçado e malandro que tem a habilidade singular de atravessar paredes. Quando Amani decide adotá-lo como aliado, nos perguntamos se essa realmente é uma boa escolha, uma vez que ele não parece ser alguém muito leal, mas, o tipo de pessoa que sempre coloca seus interesses na frente de qualquer outra questão.
Em suma, A Traidora do Trono foi uma leitura que superou as minhas expectativas. A escrita da Alwyn é muito envolvente e mesmo com a confusão inicial, logo me ambientei na história e me envolvi com os dramas dos personagens. Foi uma leitura que fiz rapidamente e assim que terminei o livro, estava procurando uma forma de adquirir o último volume da saga para poder retomar ao mundo de Amani e Jin.
Em suma, A Traidora do Trono foi uma leitura que superou as minhas expectativas. A escrita da Alwyn é muito envolvente e mesmo com a confusão inicial, logo me ambientei na história e me envolvi com os dramas dos personagens. Foi uma leitura que fiz rapidamente e assim que terminei o livro, estava procurando uma forma de adquirir o último volume da saga para poder retomar ao mundo de Amani e Jin.
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